Foi Mário Cesariny quem o explicou em Autografia (o filme). Para os marinheiros portugueses, a expressão dar a volta ao mundo significava fazer rodar o navio sobre si próprio. "O mundo eram eles", dizia o poeta, encantado com a empáfia dos grumetes de antanho.
Com um deslocamento de sentido, é esse o movimento que leva ao centro do assombro: nunca foram tão belos os nomes do mundo como quando ditos num movimento de rodopio que os descentra e esvai, como quando caíamos exaustos da vertigem negra do seu segredo...