(Hesito entre o mundo grave e a gravidade do mundo)

17/03/06

E não se pode pô-los (aos sindicalistas) a dar aulas de substituição?

A propósito da agressão a uma professora numa escola secundária dos Olivais, os sindicatos vieram dizer que a violência escolar está a aumentar. É provável. Mas pasma-se com o que disseram depois (cito do Público):

Uma das razões será a existência de aulas de substituição. Quando um professor falta, é substituído por um colega que pode não conhecer a turma - "Os conflitos do pátio transferem-se para a sala de aula", explica Adriano Teixeira de Sousa (da FENPROF). Ou seja, há uma rejeição por parte dos alunos daquele professor e um acréscimo de problemas de indisciplina.

COMO? DIGA LÁ OUTRA VEZ....

Aproveita-se um assunto que é sério (e deveria ocupar a mente dos desocupados dos sindicatos) para não deixar morrer de vergonha uma reivindicação corporativa - o fim das aulas de substituição.
A vergonha na cara e a defesa de alguma ideia de dignidade para a profissão esgotam-se nuns tostões de aumento salarial e na defesa de "direitos adquiridos". Podem parecer náufragos agarrados a destroços, mas não passa de ilusão. Têm o cú confortavelmente sentado.