Cansa o discurso manso e atávico, o discurso que se cola à pele, se infiltra pelos ossos e que, dia após dia, nos vai retirando tudo, até só ficar uma espécie de calquito de nós próprios. Algo sem espessura: o possível, o correcto, o equilibrado...
Faz-nos aqui falta uma Palavra-Esperança, uma Palavra-Desejo! Uma palavra sem medo de trazer consigo a sua própria negação. Uma palavra que crie em vez de propalar! A simplicidade de uma palavra.