(Hesito entre o mundo grave e a gravidade do mundo)

09/04/05

Fundamento para uma outra moral

A culpa é toda minha! Tentarei persuadir por todos os meios quem quer que se cruze comigo, pelo tempo de uma bica, de que esta é a única verdade em que vale a pena repousar! Serei um sorvedouro, um cordeiro à dimensão profana do dito servido com umas batatinhas assadas! Nem se incomendem a argumentar: "Mas...eu...também..." A culpa é solteira e benfazeja. Não está para caldinhos! Nem para amoques de virgem. É o contrário daquelas mulheres que dão o sexo esperando em troca um compromisso...moral - o subtexto é: "A minha cona é um tesouro"! Já vos digo... Sou um pulha! Dêem-me só a culpa! Liberto-vos da responsabilidade! E fico à espera de uma micro-humanidade ululante, vaporosa...
"O inferno são os outros!", dizia o pequeno furúnculo francês. Balelas! Já não vou em cantigas! O inferno sou eu! E já não aguento mais as dores de estômago